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Cartão da Farmácia: Guia Completo 2025

4 de fevereiro de 2025

Depois de responder às mesmas questões centenas de vezes, criamos este guia para ajudar todos os proprietários e gerentes de farmácias no processo de decisão e implementação do seu cartão da farmácia.

Será que faz sentido ter o cartão da farmácia? Posso manter o cartão Saúda? Como devo trabalhar os dois cartões? Que benefícios tenho com o cartão da farmácia?

Tudo isto são questões recorrentes e que vamos abordar neste guia.


Como utilizar este guia?

São um total de 9 perguntas e respostas sobre implementação, estratégia e questões práticas de ter o cartão da sua farmácia.

Percorra brevemente cada questão e consulte primeiro as respostas que lhe despertem maior interesse. Alternativamente, analise todas as perguntas de forma sequencial, seguindo uma estrutura tutorial.

  1. Por que a minha farmácia deve ter o seu cartão?

  2. Que vantagens tenho em ter o meu cartão da farmácia?

  3. Ter o meu cartão é o mesmo que dar descontos?

  4. Se já tenho o cartão Saúda, faz sentido ter o meu cartão da farmácia?

  5. Como posso trabalhar os dois cartões ao mesmo tempo? (o cartão Saúda e o cartão da farmácia)

  6. Quero ter só o meu cartão da farmácia, mas tenho receio de perder clientes. É possível que aconteça?

  7. Como posso fazer a transição do cartão Saúda para o próprio cartão da farmácia?

  8. Consigo ter acesso às campanhas dos laboratórios da Revista Saúda?

  9. Que dinâmicas consigo fazer com o meu cartão da farmácia que não consigo de outra forma?


Introdução

Num mercado competitivo e em constante evolução, os programas de fidelidade tornaram-se ferramentas indispensáveis para farmácias. Estes programas não só ajudam a reter clientes, como incentivam a compra de produtos além dos medicamentos, desde artigos de beleza até cuidados infantis.

Com um público diversificado — incluindo reformados, pais recentes e entusiastas de bem-estar —, é crucial criar experiências personalizadas que combinem conveniência, recompensas tangíveis e envolvimento contínuo.



  1. Por que a minha farmácia deve ter o seu cartão?

    Ter um cartão próprio é uma ferramenta estratégica que coloca o controlo total do programa de fidelidade nas suas mãos. Permite criar regras personalizadas, recompensar clientes e desenvolver dinâmicas exclusivas para sua farmácia.

    Ter um cartão de fidelidade exclusivo vai além de uma simples ferramenta de desconto — é um ativo estratégico que transforma a relação com os clientes e impulsiona resultados.



  2. Que vantagens tenho em ter o meu cartão da farmácia?

    Vamos separar esta questão em vantagens para o cliente e vantagens para a farmácia:

    Vantagens para o cliente:

    1. Ganha saldo com as suas compras (é recompensado por comprar na sua farmácia);


    2. Pode utilizar o valor ganho em compras futuras (incentivando compras recorrentes);


    3. Não tem limite para utilização de valor (a não ser que a farmácia implemente um);


    4. Pode utilizar o saldo em qualquer compra (a não ser que a farmácia limite a sua utilização);

    Vantagens para a farmácia:

    1. Proporciona um efeito psicológico de recompensa no cliente pelo facto de ter optado pela sua farmácia, reforçando a probabilidade de retorno e fidelização;


    2. O saldo que atribui não tem nenhum impacto financeiro (não paga por ele), até o mesmo ser descontado em compras seguintes;


    3. Incentiva o cliente a voltar para poder utilizar o saldo que ganhou, criando um padrão contínuo de recorrência (como um "loop", de Loopfarma);


    4. Consegue criar dinâmicas promocionais de atribuição de desconto em cartão em alternativa a descontos diretos (o seu contabilista agradece);


    5. Pode estabelecer diferentes regras para determinados segmentos de clientes, como atribuir 5% em cartão a um grupo de clientes e 10% a outros.


    6. Permite gerir os descontos que faz atualmente para lares ou outras instituições de forma automatizada, e tudo em cartão, sem existir a necessidade de andar com burocracias e papeladas.


    7. Pode definir dinâmicas adicionais de bonificação, tais como: aumentar a percentagem de atribuição em cartão de 5% para 10% quando as compras mensais ultrapassam os 100€, e assim transformar as compras na farmácia numa experiência gamificada.


    8. Com o seu cartão pode ainda criar perfis de consumidores com base nas suas compras e comunicar diretamente com os mesmos via SMS e e-mail marketing para os trazer de volta à sua farmácia.



  3. Ter o meu cartão é o mesmo que dar descontos?

    São terminologias diferentes que podem ser confundidas:

    • Dar desconto é quando o cliente que vai à sua farmácia e em vez de pagar 20€, paga 18€. Não existe a necessidade de uma compra prévia, é desconto direto como se fosse uma campanha/promoção imediata.


    • Com o seu cartão, atribui saldo em cartão do cliente com pelas suas compras, de forma a recompensá-lo por ter escolhido a sua farmácia. O cliente apenas poderá utilizar o saldo se voltar à farmácia, numa compra futura e não na mesma.

    Por isso: o cartão não dá desconto. Dar desconto é direto numa compra. Com o cartão da farmácia atribui valor em cartão, o que permite ao cliente ganhar saldo em várias compras e utilizar o saldo quando quiser, sempre em compras seguintes.



  4. Se já tenho o cartão Saúda, faz sentido ter o meu cartão da farmácia?

    Esta questão é muito frequente, por isso vamos tentar responder da melhor forma possível: depende.

    Temos farmácias que têm apenas o seu cartão. Temos farmácias com o seu cartão e com o cartão Saúda. Temos também farmácias (mas com outros nossos serviços) que têm apenas o Saúda.

    Por isso conhecemos todas as possíveis realidades. Vamos analisar as vantagens e desvantagens de cada modelo para poder decidir qual delas faz mais sentido para a sua realidade:

    1. Só cartão Saúda

    Vantagens:

    • Um único cartão para gerir.


    Desvantagens:

    • Não consegue criar dinâmicas exclusivas da sua farmácia;

    • Não fideliza à sua farmácia;

    • Sobrecarga financeira quando não consegue rebater mais do que atribuiu;

    • Pressão na equipa para rebate, correndo o risco de realizar atendimentos muito comerciais.

    2. Cartão próprio + cartão Saúda

    Vantagens:

    • Consegue dar resposta a todos os clientes, os que têm o seu cartão e os que têm apenas o cartão Saúda;

    • Tem todos os benefícios de ter o seu cartão da farmácia (ver pergunta 2);

    • Usufrui das campanhas e vales indústria negociados pelas Farmácias Portuguesas.


    Desvantagens:

    • Falta de foco no atendimento: é necessária uma estratégia bem implementada para conseguir gerir os dois cartões (ver pergunta 5 sobre este tema);

    • Podem existir faturas elevadas no Saúda devido à atribuição de pontos (se não rebater, ver pergunta 7.1.1);

    • Pode pagar extra 50€ / mês ao Saúda caso a taxa de participação fique abaixo dos 10% (o que pode acontecer com dois cartões);

    • Pode gerar alguma confusão para o cliente a farmácia o facto de ter dois cartões.

    3. Só cartão próprio da farmácia

    Vantagens:

    • Um único cartão para gerir;

    • Saldo que atribui não paga por ele;

    • Não há pressão na equipa para efetuar rebates;

    • Fideliza exclusivamente à sua farmácia.


    Desvantagens:

    • Podem existir clientes que preferem ter apenas o cartão Saúda (ver pergunta 6 sobre este tema);

    • Terá de negociar com os laboratórios para conseguir as mesmas campanhas da Revista Saúda (ver pergunta 8 sobre este tema).


    Como pode analisar, existem vantagens e desvantagens em todos os modelos. A escolha baseia-se no modelo que a farmácia tem como estratégia e como irá minimizar as suas desvantagens.

    Nas questões seguintes abordamos algumas das possíveis desvantagens aqui mencionadas.



  5. Como posso trabalhar os dois cartões ao mesmo tempo? (o cartão Saúda e o cartão da farmácia)

    Os exemplos que partilhamos nesta resposta são reais e estão a ser aplicados em várias farmácias clientes. Cada farmácia terá de adaptar e implementar de acordo com a sua estratégia:


    1. Farmácia remove o cartão Saúda das fichas associadas dos clientes e trabalha ativamente o seu cartão da farmácia.

      • Esta é a forma mais "organizada" para conseguir trabalhar os dois cartões, minimizando ao máximo as desvantagens de ter os dois cartões (abordadas na questão anterior).


      • Quando aparece um cliente novo/sem cartão saúda, criam o seu cartão próprio.


      • Quando aparece um cliente que solicita pontos no cartão Saúda, convertem o mesmo para o cartão próprio.


      • Se o cliente não quiser criar o cartão próprio da farmácia, ganha pontos no Saúda.


      • Se tiver cartão próprio não ganha para o cartão Saúda. Se tiver cartão Saúda, e não quiser ter o cartão da farmácia, ganha para o Saúda.


      • Com o passar do tempo vão ter cada vez mais e mais clientes no seu próprio sistema de fidelidade.


    2. Farmácia não remove o cartão Saúda das fichas dos clientes, e trabalha o cartão da farmácia apenas para os clientes que não têm cartão Saúda.

      • Pode gerar mais confusão, mas é também possível de gerir com sucesso.


      • Se partirmos do exemplo onde em média apenas 30% dos atendimentos são feitos com cartão Saúda, significa que tem 70% dos atendimentos onde pode utilizar o seu cartão da farmácia.


      • A única diferença aqui é que a farmácia não tenta converter os clientes com cartão Saúda a criarem o cartão da farmácia.


      • Vai demorar mais tempo a criar uma base de clientes no próprio sistema.


    3. Farmácia mantém tudo igual com o cartão Saúda e cria cartões da farmácia para os clientes, que acabam por ganhar ao mesmo tempo pontos e saldo.

      • Só para farmácias que gostam de beneficiar os clientes e não estão preocupadas com as finanças.


    Qual a melhor? Sem dúvida a que causa menor confusão na prática para a farmácia/equipa/clientes é a primeira, mas todas as realidades existem e cabe a cada farmácia perceber qual delas a melhor de acordo com a sua estratégia.



  6. Quero ter só o meu cartão da farmácia, mas tenho receio de perder clientes. É possível que aconteça?

    Normalmente fazem-me esta pergunta com receio de ao deixar de ter o Saúda - que alguns clientes deixem de visitar a farmácia. Mas vamos colocar esta questão mais prática e com números:

    Qual a sua percentagem atual de atendimentos com o cartão Saúda?
    Se assumirmos uma média de 30% (pode ser mais ou menos no seu caso), isto quer dizer que em cada 100 atendimentos, 30 são com cartão saúda. 70 não têm/usam o Saúda.

    Dos 30, quantos é que sabem o que é o cartão Saúda e o que o significa (que pode usar em várias farmácias)?
    Os que não sabem, é porque são fiéis à sua farmácia e por isso usam qualquer outro cartão.

    Desses, quantos clientes estão fidelizados exclusivamente ao cartão Saúda?
    Estarão esses clientes fidelizados ao cartão Saúda ou ao sistema de recompensa do cartão saúda (compra e recebe em troca)? Quantos vão deixar de ir à sua farmácia por não ter o Saúda no final das contas?


    Depois olhar para os números e estimativas, vê que afinal os clientes que considera que "poderá perder" são menos do que aqueles que pensa. Se tiver uma alternativa própria para continuar a recompensar os clientes, como o seu cartão da farmácia, isto não será uma questão real.



  7. Como posso fazer a transição do cartão Saúda para o próprio cartão da farmácia?

    Esta pergunta é muito frequente e gera sempre algumas dúvidas de como fazer a transição na prática.

    No fundo são estas as opções principais para quem quer deixar de ter o Saúda para começar a trabalhar apenas o cartão da farmácia:


    1. Acabo com o Saúda no final do mês e começo com o cartão da farmácia no mês seguinte?

      Sem dúvida a que gera menos questões, principalmente ao balcão. Num mês tem o cartão Saúda, no seguinte já tem o cartão da farmácia. Aqui não há dúvidas durante o atendimento.

      Há clientes que podem ficar surpreendidos, se ainda tiverem pontos no cartão Saúda, mas se toda a proposta de valor da sua farmácia for superior à questão dos pontos, eles rapidamente criam o cartão da farmácia e começam a acumular saldo.

      É importante explicar também as vantagens para o cliente do cartão da farmácia, como:

      • O saldo não expira; pode rebater qualquer valor; não tem mínimos; poderá ganhar mais valor com as suas compras; pode rebater em qualquer produto, em qualquer compra; etc.


      1.1. Se fizer isto, consigo rebater o máximo de pontos dos cartões Saúda dos clientes sem estar a atribuir pontos?

      Claro. A estratégia é simples. Agende aqui uma reunião online para perceber como consegue fazer isto. Desta forma consegue rebater o máximo de pontos dos cartões dos clientes sem estar a atribuir pontos.
      Com esta estratégia pode também utilizá-la para o modelo seguinte:


    2. Mantenho os dois a decorrer durante 1 mês em simultâneo? O que digo aos clientes durante esse tempo de transição?

      Na prática esta estratégia é também simples: tem um mês em que trabalha com ambos os cartões, o Saúda e o cartão da farmácia, e depois passa a ter apenas o seu.

      Durante esse mês vai avisando os clientes que tem agora o seu cartão da farmácia, quais as vantagens e começa logo a criar os cartões dos clientes.

      Este mês de transição servirá para a farmácia conseguir rebater os pontos que os clientes ainda têm no cartão Saúda, sem atribuir novos pontos (ver pergunta anterior).


    Como também pode desistir do cartão Saúda de um mês para o outro, pode decidir quanto tempo necessita/deseja para fazer a transição de cartões. Agora basta escolher qual a opção que a farmácia está mais confortável em aplicar.



  8. Consigo ter acesso às campanhas dos laboratórios da Revista Saúda?

    Temos farmácias com outros sistemas que não o Sifarma, que não têm cartão Saúda, e que têm as mesmas promoções e campanhas. Temos também farmácias sem cartão Saúda que têm acesso às mesmas campanhas.

    Mais de 40% das farmácias de todo o país não tem cartão Saúda. Os laboratórios não querem excluir quase metade das farmácias de Portugal de implementarem as suas campanhas de sell-out.

    8.1. E os clientes que estão habituados e levar o seu champô em troca de pontos, como faço agora?

    Consegue de outra forma. Se antes o cliente tinha de ter 80 pontos para levar o gel de banho/champô, agora é ainda melhor:

    • Se tiver 3,50€ se saldo no cartão, leva o gel de forma gratuita: "pode levar este gel gratuitamente";

    • Se tiver menos valor, como 3,00€, diz: "pode levar este gel por apenas 50 cêntimos".


    Das duas formas o cliente leva o gel, com maior flexibilidade uma vez que não precisa de ter exatamente os 3,50€ para o poder levar.

    A mentalidade muda com a introdução do cartão da farmácia: quando antes o objetivo era rebater o máximo possível de pontos, agora com o seu cartão não precisa de criar essa pressão na equipa, pode deixar que seja o cliente a sugerir utilizar o saldo que tem no cartão.

    Aqui a atribuição de saldo não funciona de igual forma como no cartão Saúda, como veremos na questão seguinte.



  9. Que dinâmicas consigo fazer com o meu cartão da farmácia que não consigo de outra forma?

    Esta é a parte estratégica de ter o seu cartão da farmácia. Consegue tornar a sua farmácia mais dinâmica, potenciar o upselling, criar dinâmicas interessantes para os seus clientes e aumentar a frequência de compra.


    Com o cartão da farmácia, o objetivo é capturar uma maior percentagem do orçamento que o cliente tem para gastar em farmácia, trazendo-o mais vezes à sua farmácia.


    Estes são alguns exemplos que farmácias com a Loopfarma estão a fazer com o cartão da farmácia:

    • Diferentes regras para diferentes públicos: Consegue criar regras de atribuição de saldo de acordo com vários perfis de clientes, como por exemplo, regras para clientes gerais, regras para clientes que tenham algum acordo/protocolo (e deixam de dar desconto direto), e ainda regras para instituições como lares/bombeiros/etc.


    • Consegue criar segmentos de clientes de acordo com critérios específicos: Permite que recebam saldo extra na compra de determinados produtos, como por exemplo: Clube bebé/mamã (recebem saldo extra em puericultura); Clube Nutrição (clientes que vão à consulta de nutrição recebem mais na compra de produtos de nutrição); etc.


    • Consegue criar dinâmicas para fazer com que os clientes comprem mais na farmácia: em compras até 49,99€ ganha 5% em cartão; em compras acima de 50,00€ ganha 7% em cartão.


    • Outras dinâmicas: se comprar acima de 100€ durante os últimos 30 dias, nas compras seguintes ganha 10% em vez de 5%, de forma a beneficiar quem gasta mais na farmácia.


    • Criar promoções de produtos exclusivas a aderentes ao cartão: Como alternativa a atribuir descontos diretos, atribua saldo em cartão em determinadas campanhas/promoções da farmácia.


    • Atribuir saldo em cartão em datas festivas a todos os seus clientes como oferta de Natal ou no mês do aniversário da farmácia e do cliente.


    • E ainda diferenciar as categorias de produto da farmácia e atribuir diferentes % de acordo com os diferentes tipos de produtos que o cliente compra.


    Estes são alguns dos exemplos que algumas farmácias nossas clientes estão a utilizar. Existem sempre novas formas de trabalhar o cartão e as possibilidades são imensas, cabe à criatividade e ao dinamismo de cada equipa e implementá-las e dinamizar a sua farmácia.


Conclusão

Podem existir mais questões relacionadas com a implementação do cartão na farmácia e transições entre cartões. Se ainda ficou com alguma dúvida que gostara de esclarecer, entre em contacto connosco.

Os programas de fidelidade já não são um luxo, mas sim uma necessidade estratégica. Ao combinar recompensas flexíveis, segmentação inteligente e dinâmicas atrativas as farmácias podem fortalecer a lealdade dos clientes e destacarem-se num mercado cada vez mais competitivo.